Mídia /Perder dois ou mais dentes pode significar mais chances de ter doenças cardíacas, diz estudo
A descoberta foi apresentada nas sessões científicas da American Heart Association
A perda de dentes na meia-idade está ligada a um risco maior de problemas no coração, independente dos fatores de risco tradicionais, como pressão alta, má alimentação e diabetes. Essa foi a conclusão de um estudo preliminar conduzido pela Universidade de Tulane (EUA) e pela Escola de Saúde Pública de Boston (EUA). A descoberta foi apresentada nas sessões científicas da American Heart Association e podem ser lidas no resumo do periótico Circulation.
"Além de outras associações estabelecidas entre saúde dentária e risco de doença, nossos achados sugerem que adultos de meia-idade que perderam dois ou mais dentes recentemente podem ter mais risco de ter doenças cardiovasculares", explicca Lu Qi, co-autor do estudo e professor da Universidade de Tulane.
O estudo não é o primeiro a investigar a ligação entre saúde bucal e problemas cardiovasculares, mas é o primeiro a se concentrar na perda de dentes durante a meia-idade e outros fatores.
Para o estudo, Qi e sua equipe analisaram dados sobre milhares de homens e mulheres com idade entre 45 e 69 anos que foram acompanhados em dois grandes estudos: o Nurse "Health Study (NHS) e Health Professional Follow-Up Study (HPFS).
Nenhum dos participantes tinha doença cardíaca coronária no início do estudo, que é quando eles se juntaram aos estudos em 1986 (para o HPFS) e 1992 (para NHS).
Como os participantes foram questionados sobre o número de dentes naturais quando se inscreveram, bem como sobre a perda recente de dentes em questionários de acompanhamento, os pesquisadores puderam avaliar a perda dentária durante 8 anos.
A equipe então comparou esse padrão recente de perda de dentes à incidência de doença cardíaca coronária. Eles dividiram os participantes em três grupos: aqueles que não perderam nenhum dente recentemente; aqueles que perderam um dente; e aqueles que perderam dois ou mais dentes.
Os resultados mostraram que os pacientes que tinham de 25 a 32 dentes e relataram perda recente de dois ou mais dentes tinham um risco de 23% maior de desenvolver doença cardíaca coronária quando comparados com os que não havia perdido nenhum.
Segundo os pesquisadores, o risco elevado foi independente da qualidade da dieta, quantidade de atividade física, peso corporal e outros fatores de risco tradicionais para doença coranariana, como diabetes, colesterol alto e pressão alta.
Qi também destacou que não houve aumento significativo no risco de doenças nos participantes que perderam apenas um dente.
Em comparação com aqueles que relataram perda de nenhum dente, os participantes que relataram a perda de dois ou mais dentes, independente de quantos dentes naturais tinham no início do estudo - apresentaram risco 16% maior de desenvolver doença coronariana.
Já os pacientes com menos de 17 dentes naturais no início tiveram um risco 25% maior de doença cardíaca coronária do que aqueles que tinham de 25 a 32 dentes naturais no início do estudo.
Os cientistas concluíram que seus resultados sugerem "que entre adultos de meia-idade, um número maior de dentes perdidos no passado recente pode estar associado ao risco subsequente de doença coronariana, independente do número de dentes naturais e fatores de risco tradicionais".
https://goo.gl/vuyy9j
(Fonte: ABO) Publicado em 23 de Maio de 2018 Compartilhar
"Além de outras associações estabelecidas entre saúde dentária e risco de doença, nossos achados sugerem que adultos de meia-idade que perderam dois ou mais dentes recentemente podem ter mais risco de ter doenças cardiovasculares", explicca Lu Qi, co-autor do estudo e professor da Universidade de Tulane.
O estudo não é o primeiro a investigar a ligação entre saúde bucal e problemas cardiovasculares, mas é o primeiro a se concentrar na perda de dentes durante a meia-idade e outros fatores.
Para o estudo, Qi e sua equipe analisaram dados sobre milhares de homens e mulheres com idade entre 45 e 69 anos que foram acompanhados em dois grandes estudos: o Nurse "Health Study (NHS) e Health Professional Follow-Up Study (HPFS).
Nenhum dos participantes tinha doença cardíaca coronária no início do estudo, que é quando eles se juntaram aos estudos em 1986 (para o HPFS) e 1992 (para NHS).
Como os participantes foram questionados sobre o número de dentes naturais quando se inscreveram, bem como sobre a perda recente de dentes em questionários de acompanhamento, os pesquisadores puderam avaliar a perda dentária durante 8 anos.
A equipe então comparou esse padrão recente de perda de dentes à incidência de doença cardíaca coronária. Eles dividiram os participantes em três grupos: aqueles que não perderam nenhum dente recentemente; aqueles que perderam um dente; e aqueles que perderam dois ou mais dentes.
Os resultados mostraram que os pacientes que tinham de 25 a 32 dentes e relataram perda recente de dois ou mais dentes tinham um risco de 23% maior de desenvolver doença cardíaca coronária quando comparados com os que não havia perdido nenhum.
Segundo os pesquisadores, o risco elevado foi independente da qualidade da dieta, quantidade de atividade física, peso corporal e outros fatores de risco tradicionais para doença coranariana, como diabetes, colesterol alto e pressão alta.
Qi também destacou que não houve aumento significativo no risco de doenças nos participantes que perderam apenas um dente.
Em comparação com aqueles que relataram perda de nenhum dente, os participantes que relataram a perda de dois ou mais dentes, independente de quantos dentes naturais tinham no início do estudo - apresentaram risco 16% maior de desenvolver doença coronariana.
Já os pacientes com menos de 17 dentes naturais no início tiveram um risco 25% maior de doença cardíaca coronária do que aqueles que tinham de 25 a 32 dentes naturais no início do estudo.
Os cientistas concluíram que seus resultados sugerem "que entre adultos de meia-idade, um número maior de dentes perdidos no passado recente pode estar associado ao risco subsequente de doença coronariana, independente do número de dentes naturais e fatores de risco tradicionais".
https://goo.gl/vuyy9j
(Fonte: ABO) Publicado em 23 de Maio de 2018 Compartilhar